• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
segunda-feira - 06/05/2024 - 15:42h
6 de maio

A cinco meses das eleições, oposição apenas ataca e nada soma

Foto ilustrativa

Foto ilustrativa

A exatamente cinco meses das eleições de 6 de outubro, a oposição em Mossoró vive situação desesperadora: não tem sequer um nome de verdade à disputa. Quem botou a cabeça fora até aqui, não é visto ou notado. E quem era tido como certo… se esconde, se omite, mergulha.

Conforme as próprias pesquisas recentemente divulgadas, a primeira do Instituto DataVero/Jornal Diário do RN (veja AQUI) e a segunda do Instituto Agorasei/96 FM (AQUI e AQUI), não existe ninguém competitivo. Rejeições aos oposicionistas são bem maiores do que suas intenções de voto.

Enquanto isso, o prefeito Allyson Bezerra (UB) tem performance inversamente proporcional na corrida ao voto e na avaliação de  governo, além de baixíssima rejeição.

A oposição realiza pesada campanha contra o governo e contra o prefeito, através de denúncias na imprensa e em redes sociais, além de empilhar outras tantas no Ministério Público. Contudo, ninguém se capitaliza com esse fogo cerrado contra prefeito e governo. Ninguém mesmo.

Apenas Allyson Bezerra soma, infla, cresce.

As próprias pesquisas revelam que nenhum pré-candidato ou pretenso pré-candidato tem dividendos com essa política incendiária.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog / Política
segunda-feira - 06/05/2024 - 14:24h
Título de eleitor

Multidão procura Cartório Eleitoral para regularização às eleições

Movimentação na manhã de hoje foi intensa (Foto: cedida)

Movimentação na manhã de hoje foi intensa (Foto: cedida)

A representação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN), em Mossoró, com Cartório Eleitoral que atende às zonas 33ª e 34ª (Mossoró), 49° (Upanema, Governador Dix-sept Rosado e Tibau) e a 58° (Baraúna e Serra do Mel), está com procura expressiva de pessoas nesta segunda-feira (6). Expediente é das 8h às 18h.

Essa grande afluência de eleitores decorre do fim do prazo para regularização de título eleitoral. Na quarta-feira (8) termina o recebimento de solicitações de operações de alistamento, transferência e revisão eleitoral em todas as unidades da Justiça Eleitoral e no serviço de autoatendimento na internet.

É importante ressaltar que dia 8 também é a data-limite para outras ações como transferir o domicílio eleitoral e revisar dados eleitorais, como a inclusão do nome social ou a mudança do local de votação dentro do município.

Estimativa de Luiz Sérgio Monte, do Cartório ELeitoral, é que cerca de 700 pessoas ou mais sejam atendidas somente hoje.

Pela Internet, somente são aceitas operações de transferência e revisão. Já em relação ao alistamento (1º título), apenas de forma presencial.

Título eleitoral

Para quem vai tirar o título de eleitor, é necessário apresentar na unidade da Justiça Eleitoral: documento oficial de identificação com foto, como Carteira de Identidade (RG). A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) não deve ser utilizada para o alistamento; comprovante de residência emitido nos últimos três meses; e comprovante de quitação militar (somente é obrigatório às pessoas do gênero masculino que pertençam à classe dos conscritos, ou seja, os brasileiros nascidos entre 1º de janeiro e 31 de dezembro do ano em que completarem 19 anos de idade).

As eleições em primeiro turno vão acontecer dia 6 de outubro deste ano.

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  • Art&C 25 anos - Institucional - 19-12-2023
segunda-feira - 06/05/2024 - 11:52h
Realidade

Sob o sol saariano de Mossoró…

Casal deitado na Praça Bento Praxedes , Praça do Relógio, Praça do Codó, Casal deitado sobre colchão em plena praça, às 11h20, dia 6 de maio de 2024Sem nenhum incômodo com o sol saariano de Mossoró, às 11h20 desta segunda-feira (6), casal dorme sossegadamente sobre um colchão na Praça Bento Praxedes, também conhecida como “Praça do Relógio” e “Praça do Codó” (depois contaremos o porquê desse batismo).

E assim caminha a humanidade mossoroense…

*Foto cedida pela webleitora Maria Oliveira.

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segunda-feira - 06/05/2024 - 11:22h
Inverno rigoroso

De janeiro a abril RN teve 643,8 mm de chuvas; 34,7% além do previsto

Tendência é que chuvas continuem de forma expressiva (Foto: Carmem Félix)

Tendência é que chuvas continuem de forma expressiva (Foto: Carmem Félix)

Todas as regiões do Rio Grande do Norte tiveram chuvas em abril deste ano, que superaram a média. O inverno de 2024 já é um sucesso, está consolidado. Os acumulados observados ultrapassaram em 17,7%, representando 194 mm de volume acumulado, enquanto que o esperado era de 164,8 mm.

Este é o resultado da análise do Sistema de Monitoramento da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) que mostra ainda o Agreste Potiguar com volumes 36,6% acima da média como o mais chuvoso no período, seguido do Leste Potiguar com 25,7%.

De janeiro a abril de 2024, choveu no RN 643,8 mm. O acumulado supera em 34,7% o volume esperado para o período, que era 477,8mm. A região com maior acumulado foi o Oeste Potiguar com 709,7 no período, seguido das regiões Central Potiguar com 658,1mm, Leste.

Os municípios mais chuvosos no período foram Campo Redondo (Agreste Potiguar)- 332,6 mm e Martins (Oeste Potiguar)- 345,5 mm. No Leste Potiguar os mais chuvosos foram Nísia Floresta- 255,2 mm e São Miguel do Gostoso- 241,8mm. Em Natal, capital potiguar, choveu 284,8mm.

“A atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCTI) foi o principal sistema de meteorologia causador das chuvas no período, associado ao aquecimento do oceano Atlântico- com temperaturas entre 1ºC e 2°C acima da média- aumentando a umidade que avançou para o território e favoreceu a formação de nuvens de chuvas”, explicou o chefe da unidade de Meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot.

Maio

A previsão para o mês de maio é de continuidade de chuvas em todo território potiguar. O volume mínimo esperado para o estado é de 108,7 mm; Leste Potiguar- 171,1 mm, Oeste Potiguar- 101,4 mm, Agreste Potiguar- 91 mm e Central Potiguar- 71,5 mm. “A tendência é de continuidade de chuvas no território potiguar”, comentou Bristot.

Nota do BCS – Que os anjos da boca mole digam amém. Manda mais, São Pedro.

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segunda-feira - 06/05/2024 - 10:38h
Educação salvadora

Escola de tempo integral resiste e mostra resultados animadores

Modelo de Ciep no Rio de Janeiro, na cidade de Resende (Foto: PMR/2023)

Modelo de Ciep no Rio de Janeiro, na cidade de Resende (Foto: PMR/2023)

A Folha de São Paulo noticia nesta segunda-feira (6), algo que não deve nos causar surpresa alguma, sobre a educação pública. Uma pesquisa revelou que o ensino em tempo integral aumentou em 35% o aprendizado de matemática e em 26% o de língua portuguesa dos alunos do 6º a 9º ano da rede pública de São Paulo.

O estudo foi realizado pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas em Educação e Economia Social, ligado à Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Instituto Sonho Grande e o Instituto Natura. A melhora foi auferida a partir das notas dos estudantes no Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (SARESP).

Foram comparados os pontos obtidos pelos alunos no Saresp do 5º ano com a pontuação do 9º ano. Os estudantes das escolas de tempo regular fizeram 40 pontos em matemática. Os de tempo integral, 54. Em língua portuguesa, alunos de tempo regular marcaram 39 pontos e os de tempo integral, 49. Para desconsiderar o impacto da pandemia, a pesquisa levou em conta dados entre 2013 e 2019.

Nota do Blog Carlos Santos – O antropólogo mineiro Darcy Ribeiro, autor da pedagogia em questão, teve no ex-governador gaúcho e ex-governador carioca Leonel Brizola, a força política para criar e espalhar o Centro Integrado de Educação Pública (CIEP), no Rio de Janeiro, a partir de 1983. O arquiteto Oscar Niemeyer criou a planta dos prédios e o engenheiro calculista José Carlos Sussekind complementou esse conceito, também arquitetônico, feito com peças pré-moldadas e de montagem rápida, além de custo bem reduzido.

Darcy Ribeiro com professores e alunos: mestre em essência (Foto: reprodução)

Darcy Ribeiro com professores e alunos: mestre em essência (Foto: reprodução)

A ideia ganhou vida e espalhou-se pelo Brasil. O próprio Collor de Mello, então presidente da República, o converteu em programa de governo, com a nomenclatura de Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (CAIC), em 1991. Mais de quatro décadas depois, pouco avançou e muito do que testemunhamos hoje, com violência e cooptação de crianças e jovens para o crime, poderia ser enfrentado com êxito com essa arma: a educação.

Ave, Darcy; ave, Brizola.

*Sugestão: leia “Confissões” (1997) de Darcy Ribeiro. Foi produzido às pressas, nos seus dois últimos anos de vida, quando tinha um câncer irreversível. É autobiográfico, é prosa memorialista, mas fala muito de Brasil. Veja também “O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil” (1995), um livro sobre nós, nosso passado, nossa composição étnica, cultural, política. Essa mistura de muitos para que sejamos um só.

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Categoria(s): Educação / Política
segunda-feira - 06/05/2024 - 09:46h
Dia das Mães

Comércio deve faturar R$ 96,8 milhões em Natal e R$ 18,2 em Mossoró

dia-das-maes-2-860x494Celebrado neste ano em 12 de maio, o Dia das Mães é a segunda data comemorativa mais aguardada pelo comércio varejista, atrás apenas dos festejos natalinos.

Em 2024, de acordo com pesquisas realizadas pelo Instituto Fecomércio RN (IFC), a procura por presentes deve movimentar cerca de R$ 96,8 milhões em Natal e R$ 18,2 milhões em Mossoró.

Na capital do oeste, há um aumento de 22% em comparação ao ano passado, quando a data injetou R$ 14,9 milhões na economia.

“O Dia das Mães é uma data muito especial, tanto para quem compra quanto para quem vende. Neste ano, a grande maioria dos consumidores do RN – mais de 75% dos natalenses e de 66,7% dos mossoroenses – pretendem gastar com presentes, então nossos negócios precisam estar preparados para atender essa demanda”, ressaltou o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio RN), Marcelo Queiroz.

Natal

Na capital potiguar, a maior parte de quem vai comprar presentes para o Dia das Mães pertence ao sexo masculino (76,1%), tem de 25 a 34 anos de idade (82,2%), possui ensino superior completo (78,4%) e vive com uma renda familiar superior a 10 salários mínimos (85,3%). Além disso, mais de 60% pretendem gastar com apenas um presente, enquanto aproximadamente 67% farão pesquisa de preços e cerca de 69,5% irão às compras na semana que antecede a data comemorativa. De acordo com as pesquisas do IFC, cerca de 55,5% dos consumidores da capital pretendem comprar em shoppings.

Os produtos mais procurados serão perfumes/cosméticos (37,3%), itens de vestuário (29,6%) e calçados/bolsas (14,5%).

Para homenagear principalmente as próprias mães (91,4%), a expectativa é que os natalenses gastem uma média de R$ 167,18 – um aumento de aproximadamente 5,4% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando o valor registrado foi de R$ 158,58.

Mossoró

Diferente do observado em Natal, cerca de 50% dos mossoroenses entrevistados pelo Instituto Fecomércio RN comprará presentes no comércio de rua. Por outro lado, assim como na capital potiguar, a maior parte de quem vai às compras pertence ao sexo masculino (67,5%), tem de 25 a 34 anos de idade (83,7%), concluiu o ensino superior (80,1%), possui renda familiar acima de 10 salários mínimos (100%) e vai realizar as compras uma semana antes do Dia das Mães (61,3%).

Em Mossoró, a demanda será maior para itens de vestuário (35,5%), perfumes/cosméticos (34%) e calçados/bolsas (23%). Além de homenagear as próprias mães (88,7%), cerca de 19,7% dos mossoroenses desejam presentear suas esposas e 14,6% pretendem comprar presentes para as sogras.

Para tanto, o gasto médio deles será de aproximadamente R$ 145,54 – um aumento de 11,2% em comparação ao Dia das Mães de 2023, quando esperavam gastar uma média de R$ 130,92.

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segunda-feira - 06/05/2024 - 09:04h
RS

Lula e outros líderes de poderes prometem socorro ao RS

Do Canal Meio e várias outras fontes

Lula chegou ao lado de lideres de outros poderes e ministros (Foto: Correio Braziliense)

Lula chegou ao lado de lideres de outros poderes e ministros (Foto: Correio Braziliense)

As enchentes no Rio Grande do Sul provocaram ao menos 78 mortes, de acordo com a Defesa Civil gaúcha. Outros quatro óbitos estão em investigação e há pelo menos 105 desaparecidos. É a maior catástrofe ambiental da história do estado, superando os 55 óbitos em setembro de 2023.

Cerca de 780 mil pessoas foram atingidas pelos temporais. Pelo menos 341 dos 497 municípios gaúchos foram afetados e 336 estão em estado de calamidade. Serviços de água, gás, energia e telefonia estão colapsados. Seis barragens estão em risco iminente de ruptura.

O presidente Lula voltou ao Rio Grande do Sul na manhã de domingo (5) e sobrevoou as cidades de Porto Alegre e Canoas, onde foi recebido pelo governador Eduardo Leite (PSDB). Na comitiva de Lula, também estavam o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e ministros de Estado, além da primeira-dama, Janja.

“Não haverá impedimento da burocracia para que a gente recupere a grandeza deste estado”, disse Lula, que garantiu recursos para reconstrução de rodovias e já havia pedido que o Congresso discuta alguma medida “totalmente extraordinária” para a liberação de verbas. Fachin também sugeriu um regime jurídico “especial” e “transitório” para assegurar o dinheiro. Lira e Pacheco sinalizaram que pretendem acelerar essa tramitação. (g1)

Articulação política

Lula ainda clamou que as articulações políticas em torno do socorro sejam feitas deixando para trás o conflito recente entre o Planalto e o Congresso. “O nosso companheiro Alexandre Padilha, que você sabe, parece que briga com Lira, que parece que briga com Pacheco, mas é nosso coordenador político, que vai tentar juntar bancada e ver o que é possível fazer. Eu sei que os deputados têm um monte de emenda, se cada deputado liberar as emendas para o Rio Grande do Sul, serão alguns milhões que você terá imediatamente para poder começar a consertar.” (Globo)

Área da Rodoviária de Porto Alegre, proximidades do rio Guaíba (Foto: Reprodução)

Área da Rodoviária de Porto Alegre, proximidades do rio Guaíba (Foto: Reprodução)

A reação dos três Poderes veio depois da fala de Eduardo Leite em entrevista no 3º Regimento de Cavalaria, em Porto Alegre. O governador leu uma longa lista de cidades que foram praticamente devastadas com a ação das chuvas.

“A reconstrução vai exigir medidas econômicas e fiscais. O RS já tem dificuldades de operar dentro da normalidade. Pelas regras fiscais, se o governo nos der 10, 20, 100 milhões, a gente não vai poder gastar esse valor, por conta das limitações tributárias do estado”, pontuou. Na véspera, o governador havia dito que o estado precisaria de “um plano Marshall”, em referência ao projeto executado pelos EUA para reconstruir a Europa no pós-Segunda Guerra. (CNN Brasil)

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Categoria(s): Política
segunda-feira - 06/05/2024 - 08:24h
Brasileirão

América vence fácil, mas ABC e Potiguar são derrotados

Do TN, NE 45, BCS e outras fontes

O América venceu o Atlético-CE por 3 a 0 na partida deste domingo (5), na Arena das Dunas, pela 2º rodada do Campeonato Brasileiro Série D. No primeiro jogo, tinha empatado em 1 x 1 com o Maracanã em Maracanaú-CE> O primeiro gol do Clube Potiguar foi feito aos 25 minutos do primeiro tempo por Norberto. Já o segundo lance foi do jogador Alan, aos 43 minutos dos primeiros 45 minutos da disputa. Nos acréscimos da partida, aos 49 minutos do segundo tempo, Gustavo Henrique alcançou o terceiro gol do Alvirrubro.

No dia 11 de maio, o América-RN visita o Santa Cruz-RN, às 15h, no estádio Barrettão, em Ceará-Mirim, no Rio Grande do Norte. No mesmo dia, o Atlético-CE visita o Iguatu, às 16h,no estádio Morenão, em Iguatu, no Ceará.

ABC

O ABC segue sua péssima fase na temporada. Na Série C, acabou derrotado pelo Athletic por 0 x 1, Estádio Joaquim Portugal, em São João Del Rei-MG. Rafael Conceição fez o gol da vitória nos acréscimos do segundo tempo.

O ABC descansa e se prepara para enfrentar o Londrina, no sábado (11), às 19h30, no Estádio Frasqueirão. Já o Athletic enfrenta o CSA, no Rei Pelé, no domingo (12), às 16h30.

Com o resultado, o Mais Querido ocupa o 15º lugar, com 1 ponto conquistado. Enquanto isso, o time mineiro é líder invicto com 9 pontos em três jogos.

Potiguar

O Potiguar de Mossoró, jogando no Estádio Edgarzão (Assú), na segunda rodada da Série D do Brasileirão, perdeu de virada para o Maracanã de Maracanaú-CE. Time mossoroense abriu placar aos 43 minutos do primeiro tempo, com o meia Portel. Mas, no segundo foi completamente dominado pelo adversário e poderia ter levado mais gols.

O Maracanã buscou a virada na etapa final, com gols de Testinha, de pênalti, aos 32 minutos, e Cleverton, aos 41 minutos.

No primeiro jogo da Série D, o alvirrubro de Mossoró tinha vencido de virada o Atlético Cearense, em Horizonte-CE, no último dia 27 (veja AQUI).

Na próxima rodada, a terceira, o time mossoroense vai enfrentar o Sousa-PB em Sousa, sertão paraibano, dia 12. O Maracanã vai enfrentar o Treze em Campina Grande-PB.

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Categoria(s): Esporte
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domingo - 05/05/2024 - 23:36h

Pensando bem…

“Você está vivo. Esse é o seu espetáculo. ”

Cazuza

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domingo - 05/05/2024 - 12:38h

A mudança do cenário

Por Marcelo Alves

Vista panorâmica de Londres (Foto: Web)

Vista panorâmica de Londres (Foto: Web)

Pela época da Páscoa, estive em Londres com a minha família. A ideia era levar o pequeno João para conhecer a cidade onde o pai, há mais de uma década, havia morado e estudado quando do seu doutorado. Foi cansativo, é verdade, mas valeu a pena. A alma de João – a “imaginação” talvez seja a palavra justa – não é pequena.

É verdade que eu já havia estado em Londres outras vezes desde que terminei o doutorado. Mas, desta vez, achei as coisas bem diferentes. Vi muitos moradores de rua, algo de chamar mesmo a atenção. E achei tudo muito caro. Caríssimo, posso dizer, para nós brasileiros, com uma libra valendo quase sete reais. Amigos que moram por lá nos disseram que a inflação dos últimos anos foi terrível. Para se ter uma ideia, achamos Paris, para onde fomos em seguida, até “barata”. E já desistimos dos planos de estudar inglês, ano vindouro, na capital do Reino Unido.

Mas minha epifania sobre a mudança no “cenário” londrino veio mesmo quando vi um cartaz anunciando a peça “Long Day’s Journey into Night” (“Longa jornada noite adentro”, entre nós), obra-prima do americano Eugene O’Neill (1888-1953). Para quem não sabe, “Long Day’s Journey into Night” foi escrita em 1941. Mas, autobiográfica, O’Neill deixou instruções para que só fosse publicada 25 anos após a sua morte e, mesmo assim, nunca fosse levada aos palcos.

Suas instruções, ainda bem, não foram seguidas à risca. A peça teve a sua première em Estocolmo, Suécia, em fevereiro de 1956 (e em sueco, curiosamente). No mesmo ano, estreou na Broadway. Deu a O’Neill o prêmio Pulitzer de 1957.

Lembro-me bem que, morando então em Londres, fui assistir a “Long Day’s Journey into Night” no Apollo Theatre, em Shaftesbury Avenue, bem pertinho de Piccadilly Circus. A opinião dos críticos ingleses era unânime: David Suchet e Laurie Mettcalf davam um show na refinada produção da obra de O’Neill. Some a isso o fato de que eu era fã de David Suchet – na verdade, sou –, pela sua interpretação de Hercule Poirot, no seriado “Agatha Christie’s Poirot” da rede de televisão ITV.

Mas, desta vez, a peça, com Brian Cox interpretando a personagem principal James Tyrone, estava em Cartaz no Wyndham’s Theatre, localizado em Charing Cross Road, rua famosa por outrora abrigar as inúmeras livrarias especializadas e de segunda mão da metrópole londrina.

NÃO SEI SE FOI A MUDANÇA dos teatros e dos atores principais (embora tanto David Suchet como Brian Cox sejam craques do métier), não sei se foi a lembrança do tom genialmente desesperançoso de “Long Day’s Journey into Night” – um jogo de culpas, mas, sobretudo, de dissimulações; esconde-se a tuberculose; esconde-se a dependência à morfina; brinca-se com a bebida, apesar do alcoolismo na família; uma das últimas cenas, em que o pai conta ao filho enfermo, ambos dominados pela “emoção” do álcool, as desventuras de sua infância miserável e sua ascensão na vida, é mais que tocante; e a peça prende a nossa atenção até a cena final, quando a família termina reunida em torno da mãe, que, tomada pela morfina, parece um fantasma –, mas, não mais do que de repente, vi que até a Charing Cross Road que eu conheci, nos meus primeiros anos de Londres, ainda como a “rua das livrarias”, havia também mudado de cenário.

Uma mudança, sob o meu ponto de vista de amante dos livros, para muito pior. Muitas livrarias já se foram; as que ficaram, pelejam. Uma decadência que parece atingir os comércios de livros físicos por todo o mundo, mas que, sob o impacto da recordação do desenlace de “Long Day’s Journey into Night”, senti de uma maneira muito intensa, como se defronte à velhice e à doença de um ente querido, cuja dor e, sobretudo, o destino, nem mesmo a morfina resolve.

É verdade que alguns comércios de livros de Charing Cross Road, três ou quatro, ainda resistem. E é verdade que a famosa Cecil Court, rua de pedestres ligando de Charing Cross à St. Martin’s Lane, em direção à Covent Garden, ainda está ativa, com suas pequenas livrarias independentes, muitas especializadas em livros colecionáveis, primeiras ou raras edições, mapas e gravuras antigas, artigos de numismática e por aí vai. Talvez sejam até mais antiquários do que livrarias.

Ainda vale a pena passear por lá xeretando as vitrines. Nossa alma, quanto aos livros, nunca deve ser pequena.

Mas esse é o cenário para uma próxima – e espero não tão saudosa – crônica.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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domingo - 05/05/2024 - 11:02h

Antes das redes sociais

Por Odemirton Filho

Ilustração Web

Ilustração Web

Lá pelo ano de 2005, portanto há quase vinte anos, a forma pela qual tínhamos notícias dos fatos era diferente. Já existia a internet, é certo. As notícias circulavam instantaneamente em sites e blogs de conteúdos diversos. Este Blog, por exemplo, deu as caras em 03 de maio de 2007; porém, à época, ainda não vivíamos com os olhos grudados nas telas dos computadores e smartphones.

Entretanto, a partir de 2007 com o Facebook no Brasil, e o Instagram e WhatsApp entre 2009/2010, a forma como nos relacionarmos com outras pessoas passou a ser diferente. Amigos que há tempos não víamos, ficaram próximos. Se antes eram com as fofocas nas calçadas e nas reuniões de famílias que sabíamos sobre a vida alheia, agora, não.

QUASE TODO MUNDO EXPÕE SUA VIDA nas redes sociais; tão nem aí. Agora, sabemos onde as pessoas estão. Se estão num barzinho tomando umas; se estão numa festa, viajando pelo Brasil ou pela Europa. Sabemos até o que estão comendo. Servidos?

É claro que não direi que o mundo era melhor antes das redes sociais e da internet, pois a violência, as mazelas sociais e as dificuldades já existiam. A vida sempre foi difícil, e sempre será. Falo é sobre as relações interpessoais. Mas, cá pra nós e a torcida do Mengão, mentiras, fofocas, inveja, ostentação, sempre fizeram parte de nossas vidas. As redes sociais apenas deram visibilidade, com rapidez.

Ah, agora as notícias falsas levam o epíteto de fakes news. Todavia, as notícias falsas e o jornalismo parcial sempre existiram. A diferença é que antes da internet e das redes sociais os fatos e fakes demoravam um pouco mais para se tornarem conhecidos. Político acusando o adversário de meter a mão nos cofres públicos? Não é novidade.

E político que gosta de aparecer na mídia? Ora, ora, sempre existiu. Há exemplos aqui e alhures, de ontem e de hoje. Contudo, não podemos dizer que a internet e as redes sociais não legaram coisas boas. Temos o conhecimento à disposição, basta pesquisar no Google. Por outro lado, infelizmente, há o submundo da Deep web.

Pois é, existia vida antes das redes sociais. Mas, agora, cabe-nos utilizá-las da melhor forma, filtrando o que há de bom. Principalmente, sem esquecer que o mundo real é melhor do que o virtual.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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domingo - 05/05/2024 - 10:30h

A indignidade da vida e a apologia da morte

Por Marcos Araújo

Ilustração IA/Web

Ilustração IA/Web

Dinamogênese é uma expressão que os doutos utilizam para falar sobre a dinâmica da evolução dos seres humanos ao longo da história, especialmente na formação dos seus direitos (sociais, econômicos, culturais, humanos etc.). A partir do processo de consolidação de determinados valores morais e éticos que emergem na sociedade, criamos normas e instituições que se tornam eixos fundamentais no respeito à paz, à convivência e à dignidade humana.

A partir dos acontecimentos que vêm se sucedendo neste primeiro quartel do Século XXI, sociólogos e estudiosos do mundo inteiro têm afirmado que está em curso um processo involutivo civilizatório, comprovado pela degradação daquilo que é a busca maior das sociedades: a dignidade e o respeito à pessoa humana.

Um retrato criminológico da nossa região na semana passada, infelizmente, é uma prova cabal de que há uma visível razão no pensar científico da involução. Em Assú, um assassinato brutal de uma psicóloga apenas para obtenção de uma informação privada; em Fortaleza, a crueldade de uma decapitação dentro de um hospital; em Recife, um porteiro do hospital morto apenas porque o assassino queria chegar logo em casa…No aspecto nacional, uma cobrança de uma dívida, fez uma mãe e dois filhos (um deles formado em Medicina) se arvorarem de justiceiros e invadir uma residência e matar dois idosos. Fico no exemplo brasileiro para não me reportar ao plano internacional, onde povos belicamente desenvolvidos, travam batalhas irracionais como se ignóbeis mentais fossem.

Os sinais que a sociedade planetária lança são preocupantes. Estamos meio a uma crise fundamental, entrando em uma era de barbárie, onde os direitos essenciais se desvanecem (inclusive o de se alimentar). Hoje, milhões de pessoas estão privadas de água potável e de alimento, sem qualquer gritaria da comunidade internacional.

O planeta agoniza com muitas crises simultâneas. Os problemas são comuns às nações, como: o conflito entre as religiões; a ameaça das democracias; o crescimento assustador dos movimentos conservadores e ultranacionalistas; a indiferença e o isolacionismo dos países pobres; as guerras civis e aquelas travadas entre países confinantes… Seres humanos que não reconhecem os outros como humanos.

Estamos no meio de uma emergência humanitária. Contam-se os mortos aos milhares, ou aos milhões? Quem pode calcular as vidas perdidas na guerra entre Israel e a Palestina? Quantos outros milhares morrem diariamente nas águas do Mediterrâneo, tentando chegar à Europa, ou nas trilhas da América Latina para os Estados Unidos? E os conflitos no Haiti, e as vidas perdidas nos países da África subsaariana?

NO ANTIGO TESTAMENTO, a valorização da pessoa humana pode ser percebida na crença de que o homem seria o ápice da criação divina, na medida em que fora criado à imagem e semelhança de Deus. No Novo Testamento, o próprio Cristo ensina que o maior dos mandamentos é amar o próximo como a si mesmo. Pensar que o outro também é fruto da criação de Deus e que isso nos torna fraternalmente irmãos, foi um equalizador social por séculos. Não mais.

Escutamos todos os dias esta reprodução bíblica nas pregações televisivas e nos discursos apologéticos de líderes religiosos, que inexplicavelmente mantêm-se inertes e silentes aos crimes coletivos cometidos pelos governantes e agentes capitalistas da dominação econômica.

A fraternidade universal nos adverte que a vida em comum é uma construção que depende de nós, uma realidade originaria e ideal a alcançar. A desobediência ao direito natural de viver e conviver em paz compromete o que é mais emblemático na existência humana: a dignidade. Não pode ser considerada digna uma vida que se baseia na cultura da morte. Todos os dias descemos um degrau no patamar do mínimo civilizatório.

Viramos expectadores do crime, rezando a Deus para que não sejamos expostos a um dos seus dantescos cenários. Tenho minhas dúvidas se ainda conseguiremos a formação de uma consciência moral coletiva acerca da retomada da evolução da humanidade.

Resta-nos a esperança. E a contribuição individual que musicou Ivan Lins: 

“Depende de nós

Quem já foi ou ainda é criança

Que acredita ou tem esperança

Quem faz tudo pra um mundo melhor

(…)

Depende de nós

Se esse mundo ainda tem jeito

Apesar do que o homem tem feito

Se a vida sobreviverá”

Marcos Araújo advogado e professor da Universidade do Estado do RN (UERN)

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Categoria(s): Crônica
  • Art&C - PMM - 12 de Abril de 2024 - Arte Nova - Autismo
domingo - 05/05/2024 - 09:54h

E quando morrer?

Por François Silvestremorrer-linha-no-monitor-600x400

Ao nascer, nem lembro quando,

se chorei, nasci.

 

Infância de grotas,

chãs, pé de serra,

frutas, sacristias, chuva e seca,

se brinquei,

sorri.

 

Adolescência,

remanso das dúvidas,

morrem as certezas, velório das crenças,

era a passagem,

saí.

 

Maturidade,

o toque da ida,

o fazer ou desfazer,

ansiedade ou prazer,

em todas as estações, de cada idade,

Verão, praias cheias de gente vazia,

Inverno, neve de algodão, nas barbas do Nicolau,

tudo suavemente falso,

Outono, frutas nas bancas das calçadas,

Primavera, flores de plástico nos vasos das janelas.

 

Vida? Foi isso,

depois de nascer parti.

 

E quando morrer?

Morri.

François Silvestre é escritor

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Categoria(s): Poesia
domingo - 05/05/2024 - 09:14h

Autorretrato

Por Marcos Ferreira

Foto do autor aos quatro anos de idade (Reprodução)

Foto do autor aos quatro anos de idade (Reprodução)

Tudo está na mesa, tudo às claras, meu irmão. Só não vê quem não quer. Todas as cartas estão na mesa da desigualdade social. A vida está posta e a gente sabe que a vida não é moleza, não. Nesse jogo da existência, do sobreviver cotidianamente, o pão não é um artigo fácil. São muitas voltas no corpo, muito jogo de cintura. Pergunte aos desvalidos deste país se estou mentindo. Não estou.

Ah, como somos felizes! Ainda assim nem sempre somos gratos; há vezes em que esquecemos disso. É até corriqueiro. Somos avarentos, somíticos. Porque, como se diz, a medida do ter nunca enche, sempre queremos algo mais. Nunca (salvo exceções) estamos satisfeitos com o que já temos. No final das contas, meu irmão, para a maior parte das pessoas que constituem esta pátria por demais injusta, a vida é um osso. É muito sofrer, muito suor, lágrimas, choro, ranger de dentes.

Quantos não estão por aí tiritando de frio, desabrigados, acossados pela fome, perseguidos pelo desemprego, sem onde cair mortos? Já eu, graças a Deus, estou muito bem, obrigado. Como se os outros, os miseráveis, não fossem merecedores da mão protetora desse mesmo Deus que ora me propicia bem-estar e amparo. Não compreendo esse Deus, porém todos gritam que Deus sabe o que faz.

Penso agora nessa desinteligência, nesse desígnio que deixa uma gigantesca parcela da população ao deus-dará. No frigir dos ovos, pois, parece que Deus não vê isso. É tão triste, meu irmão. Olho à minha volta e aqui me encontro e me sinto privilegiado, agraciado com um teto, comida, meus remédios e um pouco de dinheiro para acudir as despesas, pagar consultas médicas. Minha geladeira, meu irmão, é velha, mas representa um luxo na minha também modesta opinião.

Além de comida, água, luz, uma rede de dormir e alguns poucos móveis, usufruo de segurança. Considerando a penúria, a invisibilidade escancarada nos semáforos, os cartazes com pedidos de socorro, os brasileiros desamparados que suplicam pela caridade de pessoas que podem ajudar e não ajudam, afirmo que atualmente minha vida é um paraíso. Conto até com um serviço de internet.

Desapareceu a casa de taipa, de pau a pique. A chuva pode vir com vontade, pois aquele teto estiolado agora é outro que não me causa transtornos. O fogão a lenha escafedeu-se. Sumiram a tisna das paredes da cozinha e o rendilhado de picumãs. O café da manhã já não é diáfano com o pão da véspera, que a gente comprava pela metade do preço em uma padaria da Avenida Alberto Maranhão.

A farinha com açúcar no almoço ou jantar deu lugar a coisas melhores. Após longos anos, Deus disse: “Vão embora da vida dessa criatura, senhora Fome e senhora Miséria!” Então elas obedeceram e picaram a mula.

Deus precisa repetir essas mesmas palavras em todos os lares onde a Miséria e a Fome continuam como inquilinas, meu irmão. Tenho certeza de que não sou o único merecedor da intercessão do Altíssimo. É inevitável, quando pego no prato de comida e na colher, esquecer desses que agora mendigam nos semáforos, lançando contra os abastados as flechas dos seus olhares famintos, carentes.

Sou um sobrevivente, meu irmão. E hoje, após aqueles tempos bicudos, estou certo de que o correto é a gente contar nossa história com veracidade. Deus me disse ainda que eu não fizesse muitos planos, que esse negócio de diploma de nível superior não era (até agora não) para mim. Em troca, para meu ressarcimento, o Todo-Poderoso me deu o consolo de escrever por homologação divina. Isto não dá camisa a ninguém, como se costuma dizer, mas me abriu algumas portas.

Josué de Castro, em seu clássico Geografia da Fome, diz: “Metade da humanidade não come; e a outra não dorme, com medo da que não come”. Quem dera que fosse só a metade sem comida. O número é muito maior, infelizmente. Josué de Castro (o qual o deputado federal Guilherme Boulos parafraseou) também disse que a fome no Brasil não é um problema social, e um projeto político.

Entendo dessas coisas, meu irmão. Tenho conhecimento de causa nesses assuntos de vazio estomacal. No correr daqueles anos de 1970 e 1980, sobretudo, éramos uma prole de onze filhos para um sapateiro e uma dona de casa analfabeta colocar comida na barriga. Ah, meu irmão! Não diga que é coitadismo ou pobrismo que agora salta das pontas dos dedos deste tecelão de palavras. Não diga.

Imagine isso: um menininho cabeçudo e com cara de choro, extraído do útero da miséria, agora exposto num retrato em preto e branco carcomido pelo tempo. Quem diria que ele (um zero à esquerda no tocante aos algarismos) se tornaria um homem de letras. Não é muita coisa, eu sei, contudo não deixa de ser uma simbólica façanha. Porque você, meu irmão, ficou comigo até o final destas linhas.

Imagino que isso seja um indicativo de que este autorretrato, feito de reminiscências que não se apagam na minha cabeça, tocou o seu coração e enterneceu a sua alma. Dito isto, meu irmão, é sempre possível a gente tirar um tantinho do quanto nós temos e oferecer, ao menos, um pão da véspera àquelas pessoas que talvez só tenham em suas casas nada além de café ralo e farinha com açúcar.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Política
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domingo - 05/05/2024 - 08:32h
Histórias de Mossoró

Doutor Lavoisier e monsenhor Huberto, uma amizade para sempre

Por Carlos Santos

Doutor Lavoisier e Monsenhor Américo: amigos (Fotomontagem do BCS)

Doutor Lavoisier e Monsenhor Américo: amigos (Fotomontagem do BCS)

Médico, casado com dona Isaura Treizième Rosado Maia, irmã de políticos como Dix-huit Rosado, Vingt Rosado e Dix-sept Rosado, doutor Lavoisier Maia dominicalmente recebia em sua casa a visita do monsenhor Huberto Bruening. Ele não faltava nem se atrasava nunca.

Depois de oficiar missa na Catedral de Santa Luzia, em Mossoró, o espigado pároco da matriz mossoroense saía ziguezagueando pelas ruas do Centro, pisando seu calçamento irregular, até à porta de Lavoisier-Treizième.

O ritual era o mesmo: um farto almoço e conversa a engolir também o tempo. A prosa só era arrefecida com a vontade de um e do outro de aproveitar a sesta. E lá ia monsenhor Huberto Bruening de volta à casa paroquial, quase jiboiando.

A amizade dos dois era supostamente incomum, em face de uma diferença abissal que os separava no campo da espiritualidade e compreensão do papel do homem na sociedade: Maia era ateu convicto, talvez até por forte influência da corrente filosófica do positivismo; Bruening, um ortodoxo católico, apostólico, romano, apegado ao Espírito Santo Paráclito. Devoto de Santa Luzia, que se diga.

Ambos, contudo, muito cultos. E amigos extremados. Nunca se soube de nenhum arranca-rabo entre eles.

O bom debate às vezes deixava Treizième Rosado confusa, pois duelavam arrimados em suas convicções, num nível intelectual muito elevado. Maia usava a ciência para fundamentar de forma concreta o seu ponto de vista, e Bruening recorria aos primados bíblicos e teológicos para retrucá-lo, numa catequese sem fim.

No fundo, existia uma aprendizagem respeitosa e recíproca. Um bom exemplo de tolerância aos pensamentos e opiniões diferentes. Eles produziam uma dialética complementar, que só fortaleceu a amizade, a eternizando.

Quem me contou um pouco dessa amizade entre Lavoisier e Huberto foi o empresário Marcelo Rosado, neto materno do casal anfitrião. Lavoisier Maia, natural de Catolé do Rocha-PB, falecido em 8 de outubro de 1971, aos 75 anos; dona Treizième, mossoroense, despediu-se no dia 10 de abril de 1999, aos 92 anos.

O religioso de São Ludgero-SC foi a óbito em 29 de agosto de 1995.

Leia também: Monsenhor Huberto Bruening – vida doada a Mossoró

Carlos Santos é criador e editor do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica / Gerais
domingo - 05/05/2024 - 06:38h
'Micropolítica'

Assessor de senador tem missão importante no interior

Bruno é atual presidente (Foto: redes sociais)

Bruno presidiu Uvern e é assessor destacado em equipe de Rogério Marinho (Foto: redes sociais)

Ex-vereador em Severiano Melo e ex-presidente da União dos Vereadores do RN (UVERN), Bruno Melo (PL) não tem planos para candidatura eletiva este ano.

Nem em Severiano Melo nem em Mossoró, onde reside.

Sua missão é percorrer esse sertão de meu Deus, no cumprimento de tarefas partidárias em nome do senador e presidente estadual do Partido Liberal (PL), Rogério Marinho.

Experiência e capilaridade expandida na época da Uvern, não lhe faltam.

Ele conhece o que denomino de ‘personagens da micropolítica.’

Pé na estrada, Bruno.

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Categoria(s): Política
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domingo - 05/05/2024 - 06:02h
Odisseia sertaneja

O canto da sereia e Ulisses no semiárido mossoroense

Pintura "Ulisses e as Sereias" de Herbert James Draper - 1909 (Reprodução)

Pintura “Ulisses e as Sereias” de Herbert James Draper – 1909 (Reprodução)

Conselho ao pé do ouvido, que o presidente estadual do PSDB e da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira, passou a um neoaliado mossoroense que há meses ouve o canto da sereia do bolsonarismo, na voz quase inaudível, em sussurros e inconfundível, do senador Rogério Marinho (PL):

– Tenha cuidado. Ele só está pensando nos próprios interesses.

E emendou: “Em 2022, Rogério queria que eu fosse o candidato a governador dele, só para ter um palanque…”

Pelo visto, nosso Ulisses do semiárido não entendeu ainda ou não leu a Odisseia de Homero, em especial no seu Capítulo XII.

Alguém vai precisar desenhar, Ezequielzinho.

Quem começa?

Você ou eu, presidente?

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Categoria(s): Política
domingo - 05/05/2024 - 05:24h
Turrões

Fácil entender o porquê de Álvaro e Carlos não se afinarem

Não sou teimoso, teimosia, turrão,Um experiente interlocutor político, sabedor das coisas de Natal a Mossoró, tem diagnóstico para o não entendimento entre o prefeito natalense Álvaro Dias (Republicanos) e o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD):

– Os dois são muito parecidos, muito turrões. Já brigaram antes, não se afinaram agora e com certeza iam brigar novamente.

“Conheço os dois de perto”, completou, também com cara de poucos amigos em conversa com o BCS.

Faz sentido.

A escolha de Álvaro Dias à sua sucessão, em Natal, recaiu sobre o deputado federal Paulinho Freire (UB) – veja AQUI.

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Categoria(s): Política
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domingo - 05/05/2024 - 04:44h
Umari

Mais uma sangria no terceiro maior reservatório do RN

Localizada em Upanema, Oeste do RN, a Barragem Senador Jessé Pinto Freire, ou Barragem de Umari, voltou a sangrar neste sábado (04). É o segundo ano consecutivo de transbordamento.

Ano passado, 2023, aconteceu dia 9 de abril. Umari tinha sangrado antes em 2009.

É a terceira vez que a barragem sangra desde sua conclusão, em 2002. Segundo o Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (IGARN), a capacidade total do reservatório é de 292.813.650 m³ de água.

Esse reservatório fica atrás apenas da Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves no Vale do Açu e Barragem Santa Cruz do Apodi, em armazenagem.

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Categoria(s): Gerais
sábado - 04/05/2024 - 11:28h
Eleições 2024

“Tucanos” ficam fora de chapas em Natal e Mossoró

PSDB - Tucano, logomarcaApesar de ter-se expandido enormemente no RN, o PSDB do presidente da Assembleia Legislativa do RN, Ezequiel Ferreira, não deverá ter nome em chapa majoritária nos maiores colégios eleitorais potiguares: Natal e Mossoró.

Na capital, o híbrido partido tucano não se interessou em apresentar o vice na chapa de Natália Bonavides (PT), que terá um emedebista como vice – veja AQUI.

Nem prosperou no grupo do prefeito Álvaro Dias (Republicanos), que já escolheu o deputado federal Paulinho Freire (UB) à sua sucessão, com a secretária de Planejamento, Joanna Guerra (Republicanos), a vice – veja AQUI.

Já o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD) costura outra opção para estar ao seu lado.

Mossoró

Em Mossoró, o presidente da Câmara Municipal, Lawrence Amorim (PSDB), passou vários meses sendo cortejado pelo PT para ser candidato à prefeitura, mesmo tendo apoiado e votado no então presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2022, à reeleição. Não se encorajou com as propostas.

Lawrence Amorim já foi e segue sendo sondado desde o ano passado pelo presidente do PL no RN, senador Rogério Marinho, para romper com o prefeito Allyson Bezerra (UB). Ideia seria fazê-lo candidato a vice do próprio governante ou nome à prefeitura, como referência de oposição bolsonarista em Mossoró.

Como ele demorou a se decidir, inclusive se filiando ao PSDB, Marinho içou o ex-vereador Genivan Vale à pré-candidatura dia 26 de março – veja AQUI. Mas, a vaga na cabeça de chapa continua à disposição de Amorim e do PSDB.

Basta dizer “sim”, seguindo sua ambição pessoal, num encaixe com os planos políticos do senador para 2026.

Atualmente, o PSDB tem mais de 50 pré-candidatos a prefeito no RN e algumas dezenas citados como vice.

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Categoria(s): Política
  • Art&C - PMM - 12 de Abril de 2024 - Arte Nova - Autismo
sexta-feira - 03/05/2024 - 23:54h

Pensando bem…

“Voltar quase sempre é partir para um outro lugar.”

Paulinho da Viola

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Categoria(s): Pensando bem...
sexta-feira - 03/05/2024 - 22:48h
Temporais

RN enviará socorro ao RS que enfrenta “situação de guerra”

Enchentes assolam todo o estado do RS (Foto: Diego Vara)

Enchentes assolam todo o estado do RS (Foto: Diego Vara)

A governadora Fátima Bezerra (PT) conversou agora à noite com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). Segundo ela, “para saber mais sobre a situação e passando informações sobre a colaboração dos estados do Nordeste.”

Presidente do Consórcio Nordeste, ente interestadual nordestino, Fátima adiantou que todos os nove estados estão enviando bombeiros e equipamentos para socorro às vítimas de enchentes e temporais no RS.

O RN, especificamente, enviará seis bombeiros militares especialistas em operações com embarcações, duas picapes e duas embarcações completas.

Leite afirmou à imprensa que o fenômeno “é o maior desastre do estado” e que o RS vive “situação de guerra”, já com registro de 32 mortos (veja AQUI).

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Categoria(s): Gerais / Política
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